1. Força Irreprimível da Natureza
‒ Ai,
Alice! – eu disse enquanto a pequena figura espetava alfinetes por todo o
vestido. Havia dois meses, tia Alice começara os preparativos para o meu casamento,
apesar dos protestos da minha família – e meus também. Ela demorara um mês
inteiro escolhendo o meu vestido e fazendo ajustes aqui e ali. Agora ela estava
quase surtando com a decoração. Alice... Uma força irreprimível da natureza.
Alguém bateu na porta. Alice parou
de sobressalto.
‒ Não se
mova – ordenou ela para mim. E depois falou mais alto – quem esta aí?
‒ Sou
eu, Bella – disse mamãe. – Eu estou sozinha.
Alice abriu
a porta rapidamente. Mamãe entrou e fechou-a.
‒
Renesmee! – Exclamou ela – Você parece um anjo! Ah, Alice... Você é a melhor!
– disse mamãe abraçando tia Alice.
‒ Eu
sei, eu sei. É lindo não é? – respondeu tia Alice, toda orgulhosa do elogio.
‒ Lindo?
É maravilhoso! Ela está tão linda – minha mãe estava extasiada.
‒
Obrigada pelos elogios e tal, mas, se não se importam, eu tenho um encontro com o
meu noivo agora, então me ajudem com os botões – eu disse rindo. Noivo. Era
estranho chamar Jacob dessa forma, mas eu tinha que admitir que era bem
charmoso.
Encontrei-o
na campina, que parecia um lugar feito para romances. Fora lá que meus pais
começaram a namorar e desde então sempre a visitavam. Eu havia me aproximado
ainda mais de Jake nos últimos tempos, com toda essa bagunça do casamento. Por
mim, por Jacob e pelos meus pais, o casamento poderia esperar mais, mas só
conseguimos atrasar alguns meses, depois de um longo acordo com Alice. Não que
não fosse da nossa vontade nos casarmos, mas queríamos poder aproveitar um
pouco mais.
Tia Alice
dizia que eu deveria me casar antes do meu aniversário e meus pais, depois. É
claro que quem venceu a briga foi tia Alice, sempre ajudada por tio Jasper. Tia
Rose era do time que queria que o casamento demorasse bastante para acontecer,
assim como meu pai. Minha mãe era neutra, ela não se importava com nosso
relacionamento desde quando eu era criança e ela pensou que eu teria que fugir
com Jake e que eles iriam morrer na batalha contra os Volturi.
Apesar de
tudo, sempre que ficava envolvida com os detalhes do casamento, eu me sentia
feliz. Era como se, a partir daquele ritual humano tão simples, meu mundo se
tornasse finalmente completo.
‒
Nessie? – Disse Jacob me tirando dos meus pensamentos.
‒ Sim? –
Respondi automaticamente.
‒ No que
está pensando? – perguntou ele.
‒ Em
como tia Alice é teimosa – eu estava rindo.
‒
Realmente, Alice é... Como você diz mesmo?
‒ Uma
força irreprimível da natureza – eu havia dado esse apelido a ela nos últimos
meses. Era uma piada interna minha e de Jake.
‒ Acha
que ela vai convidar muitas pessoas?
‒
Provavelmente toda a reserva e todos os amigos do meu avô – eu respondi arrancando uma
flor de lavanda.
‒ Até
mesmo o “cara do porão”? – perguntou ele rindo. O “cara do porão” era Alistair,
um nômade mal humorado que havia nos deixado na mão há seis anos.
‒ Até
mesmo Alistair – comecei a rir com ele.
‒ Isso
vai ser ótimo!
‒ Com
certeza – comecei a gargalhar.
‒ Alice
vai fazer você de Barbie. Está preparada? – perguntou ele ainda rindo.
‒ Ela já
está fazendo isso – balancei a cabeça sorrindo. – Ela é meio maluquinha,
mas eu a amo e não poderia despontá-la. Ela ficou uma semana sem falar comigo
quando contei a ela que ia me casar no Havaí sem ela no ano passado.
‒ Eu
lembro! Ela ficava resmungando “Que tipo de sobrinha é essa? Ela ia se casar
sem a minha presença!
Eu sou a decoradora de festas aqui!” e blá, blá, blá – ele ria enquanto a
imitava.
‒ Mas
sabe de uma coisa? – perguntei me aproximando dele. – Eu acho que a gente
deveria parar de falar de Alice – eu disse lhe dando um beijo rápido – e falar
mais sobre nós dois. O que acha?
‒ Acho
que você tem razão – disse ele me beijando com um sorriso.
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2. Semelhanças
Fui para
casa principal, uma vez que meus pais iam fazer uma viagem de caça. Eu sempre
ficava no quarto que era do meu pai, onde eles haviam mantido a cama de ferro
com uma rosa faltando na cabeceira, que segundo minha mãe, era culpa do meu pai
e suas demonstrações de força, a fim de amedrontá-la.
Havia muitas
coisas minhas ali. Roupas, sapatos, fotos e outros objetos. Era meu segundo
quarto, meu segundo lugar especial. Estava procurando algo para vestir quando
esbarrei em algo macio no fundo da prateleira mais alta. Puxei aquilo para mim
e descobri uma caixa de veludo vinho com uma inscrição na tampa:
E.M.
Abri a
tampa. Dentro havia muitas coisas antigas. Um par de luvas de renda, uma pluma,
um broche, uma carta, um camafeu, muitas caixinhas menores e no fundo, um álbum
de fotos. Fotos em sépia, antigas. A primeira foto me chamou a atenção. Era uma
dessas fotos de família que se costumava tirar no começo do século passado,
onde havia um homem de uns trinta anos, de bigode e muito bem vestido em pé,
uma moça de vestido longo e um belo chapéu, sentada e um garotinho, que me era
muito familiar, em pé ao lado da moça e de mãos dadas a ela. Mas não foi o
garotinho que me chamou a atenção e sim a mulher que devia ser sua mãe. Ela era
muito parecida comigo, a não ser pelos olhos claros, que eram óbvios, apesar da
foto não ter cor. Fui até o espelho e me olhei. Olhei para a foto novamente. A
semelhança era incrível.
Vesti um
vestido rapidamente e desci descalça mesmo e com o cabelo preso em um coque mal
feito. Alice me mataria.
‒ Vó!
Vovó! – eu desci as escadas correndo.
‒
Cuidado querida, você pode cair – alertou ela docemente.
‒ Vovó,
quem é ela? – perguntei, lhe entregando a foto.
‒ Oh! –
exclamou vovó. – Onde encontrou isso querida?
‒ No
armário, estava entre as minhas coisas.
‒ Está é
Elizabeth Masen, a mãe biológica de seu pai – respondeu vovô, chegando por trás
de nós.
‒ Ela é sua avó,
e esse aqui – disse vovó apontando para o homem – é Edward Masen, seu avô. O
garotinho é seu pai.
‒ Nós
somos parecidas. – murmurei.
‒ Tem
razão. – disse vovô olhando melhor para a imagem e depois para mim. – É
incrível, mas eu nunca tinha reparado. Vocês são quase idênticas.
Vovó me
devolveu a foto com um sorriso doce no rosto. Subi para o quarto, a cabeça
girando.
Peguei a
caixa nas mãos novamente. Aquilo era parte de mim, parte da minha história.
Fiquei olhando as coisas da caixa até tarde. Adormeci com a foto de meus avós
sorridentes numa tarde ensolarada, durante um piquenique, com o pequeno Edward
no meio sorrindo para os dois. Foi ali que meu sonho começou, naquela cena.
‒ Eddie,
querido, cuidado! Você pode se machucar! – disse eu. Bem, parecia ser
eu, mas era ela. Elizabeth Masen.
‒ Não se
preocupe querida, ele só está brincando – disse o homem ao meu lado. Meu avô,
Edward Masen.
‒ Mamãe
olha, olha! – Exclamou o garotinho escondendo algo entre as mãozinhas.
‒ O que
você tem aí meu amor? – disse ele/eu pegando o menino no colo.
‒ É uma
coisa para a senhora, mamãe – disse ele com aquele familiar sorriso no rosto.
Então abriu as mãozinhas e eu pude ver o que tinha dentro. Uma pequena flor
amarela, que eu me lembrava de ter visto dentro de uma caixinha
que estava na caixa maior.
‒
Obrigada querido, é linda - disse ela com um sorriso terno. – Vou guardá-la
comigo.
‒
Promete? – Perguntou ele.
‒
Prometo.
‒ Eu te
amo mamãe – ele a abraçou ternamente.
‒ Eu
também te amo Ed. Para sempre.
Acordei
ofegante.
‒
Nessie, o que foi isso? – perguntou papai.
‒ Você
viu? – Perguntei meio tonta.
‒ Sim. –
disse ele – Meus pais... Há quanto tempo eu não os via...
‒ Eu
encontrei essa caixa no meio das minhas coisas. Acho que esqueceu aqui, papai.
‒ Acho que sim,
anjo.
‒ Posso
ficar com essa foto? – perguntei, estendendo a foto que havia ficado comigo
durante todo esse tempo.
‒ É
claro que sim, querida.
‒ Pai?
‒ Sim
Ness?
‒ Como
era a relação entre você e seus pais? – perguntei, curiosa.
‒ Eu não
me lembro de muita coisa, mas meu pai era um tanto distante. Ele era advogado e
vivia fora de casa. Minha mãe e eu éramos muito próximos. Ela era tudo pra mim.
– Ele terminou a frase com um suspiro.
‒ Pai,
você tem uma casa em Chicago, não tem?
‒ Tenho, é uma
das heranças de família – ele piscou para mim. A cada cinquenta anos, mais ou
menos, meu pai herda sua própria fortuna e a casa dele mesmo. Outra piada
interna.
‒ Será
que poderíamos visitá-la antes do casamento? – Perguntei inocentemente.
‒ É uma boa
ideia. Há tempos eu não a visito e sua mãe nunca foi lá... É, pode ser.
Eu sorri. Ia
ser divertido conhecer o lugar onde meu pai nasceu e talvez eu pudesse saber
mais sobre a minha avó quando chegássemos lá.
‒ Mas
agora a mocinha deveria voltar a dormir, porque ainda são duas da
manhã e eu só passei pra ver como você estava. – Ele beijou a minha cabeça. –
Boa noite anjinho.
‒ Boa
noite pai. – Eu sorri no escuro. Não importava que eu já não parecesse uma
criança ou que eu iria me casar, eu sempre ia ser a menininha do papai.
Para sempre.
3.Chegada Inesperada
Na manhã seguinte Jacob e eu fomos caçar. Jake foi o primeiro a
conseguir algo. Foi um cervo, mas eu não fiquei satisfeita e consegui um
leão-da-montanha. Nós tivemos uma pequena luta, mas, algumas patadas e
arranhões depois, eu alcancei o pescoço dele e drenei-o por inteiro.
Olhei para minha roupa. Uma camiseta branca de algodão e jeans.
Bom, a camiseta já não estava mais branca, por sorte o jeans era escuro.
‒ Nessie, eu acho que tem uma sujeirinha aqui. – Disse Jake
apontando para minha camiseta e rindo.
‒ Engraçadinho – eu falei, mostrando a língua.
Ele puxou minha camiseta de forma que eu fui parar em seus braços
em um segundo. E então completou me dando um longo beijo.
‒ Podemos ir agora – Ele falou sorrindo em meus lábios.
‒ O que vamos fazer hoje, Jakey? – Perguntei enquanto
caminhávamos até a casa principal.
‒ O que quer fazer? – Perguntou ele, beijando minha cabeça.
‒ Não sei. Quer ir para a praia?
‒ Pode ser.
‒ Então vamos para a praia. ‒ Eu disse lhe dando um beijo e
subindo as escadas correndo, Jake bem atrás de mim.
‒ Nessie! Que bom que chegou! Temos visitas! – Disse tia
Alice apontando para o meio da sala.
Eu o reconheci quase automaticamente. O outro híbrido que eu havia
conhecido quando eu era pequena. Nahuel.
‒ Nahuel! Quanto tempo! – Eu falei cumprimentando ele e a
tia dele, Huilen.
Jake cumprimentou-os também, mas percebi que ele havia ficado
desconfortável.
‒ Viemos fazer uma visita rápida para ver como estavam –
disse Huilen docemente.
‒ Fizeram bem – disse vovô. ‒ Eu precisava mesmo falar com Nahuel,
e a visita de vocês facilitou muito.
Passado algum tempo, o clima estava bem descontraído na sala. O
único que estava desconfortável ali era Jake. Ele tinha o celular na mão quando
olhei para ele.
‒ Tenho que ir. Reunião da matilha. – Ele disse baixinho.
‒ Tudo bem. Volte logo, amor. – Eu disse acariciando seu
rosto. Ele sorriu de leve pra mim. Pediu licença e se retirou da sala.
JACOB BLACK
Híbrido idiota. Atrapalhou tudo. E ainda por cima fica sorrindo daquele jeito
idiota para Nessie. E isso nem é o pior! O pior de tudo é o jeito como ela
retribui os sorrisos. A forma como ela olha para ele, cheia de admiração.
"Calma aí Jake! Ele só está de passagem. Nem vai ficar tanto tempo. E além disso, todo mundo sabe o quanto a Nessie é louca por você." Disse Seth na minha cabeça.
"Eu posso não gostar muito dos Cullens, mas eu tenho que concordar com meu irmão. Renesmee jamais teria olhos para outra pessoa que não fosse você Jake." Disse Leah entrando na conversa mental.
"Sei lá..." Suspirei. "Mas o que vocês querem afinal de contas?" Perguntei avistando os dois lobos vindo em minha direção.
"Você sabe que Sam estava planejando deixar a matilha agora que está casado com Emily." Começou Seth.
"E que ele insiste que você deve tomar a frente da matilha por ser o alfa por direito." Completou Leah.
"Sei disso. Mas ele vai ter que se contentar em colocar o Quil no meu lugar. Eu já tenho vocês dois e isso me basta." Falei com firmeza.
"Já sabemos da sua decisão Jake. O problema é que Sam decidiu reunir as duas matilhas para decidir isso." Falou Seth.
"Droga! É melhor ele não tomar muito do meu tempo. Ele está cansado de saber que eu não vou assumir a outra matilha. Vamos!"
Corremos juntos até a praia, onde todos estavam em suas formas humanas. Nos transformamos e fomos até eles.
"Calma aí Jake! Ele só está de passagem. Nem vai ficar tanto tempo. E além disso, todo mundo sabe o quanto a Nessie é louca por você." Disse Seth na minha cabeça.
"Eu posso não gostar muito dos Cullens, mas eu tenho que concordar com meu irmão. Renesmee jamais teria olhos para outra pessoa que não fosse você Jake." Disse Leah entrando na conversa mental.
"Sei lá..." Suspirei. "Mas o que vocês querem afinal de contas?" Perguntei avistando os dois lobos vindo em minha direção.
"Você sabe que Sam estava planejando deixar a matilha agora que está casado com Emily." Começou Seth.
"E que ele insiste que você deve tomar a frente da matilha por ser o alfa por direito." Completou Leah.
"Sei disso. Mas ele vai ter que se contentar em colocar o Quil no meu lugar. Eu já tenho vocês dois e isso me basta." Falei com firmeza.
"Já sabemos da sua decisão Jake. O problema é que Sam decidiu reunir as duas matilhas para decidir isso." Falou Seth.
"Droga! É melhor ele não tomar muito do meu tempo. Ele está cansado de saber que eu não vou assumir a outra matilha. Vamos!"
Corremos juntos até a praia, onde todos estavam em suas formas humanas. Nos transformamos e fomos até eles.
‒ Que bom que chegaram! Agora podemos
começar a reunião. ‒ Falou Sam, assim que percebeu nossa chegada.
‒ Sam, eu já disse pra você que...
‒ Eu sei o que disse,
mas eu tinha que tentar mais uma vez. Tem certeza de que não quer mesmo ser o
alfa?
‒ Tenho. Quil pode assumir isso. Ele
vai ser bom para a matilha e vocês podem manter as tradições, enquanto eu fico
com a minha matilha.
‒ Eu sei que ainda tem raiva de
mim pelo que aconteceu no passado, mas eu quero que saiba que nós entendemos
seus motivos para ficar junto dos vampiros e não somos contra isso, mas esse
lugar é seu por direito.
‒ E pela segunda vez eu o rejeito. Nem
alfa dessa matilha eu queria ser - falei apontando para Seth e Leah. ‒ Mas
agora que sou, eu não quero mais responsabilidades. Você sabe que a qualquer
momento eu posso me mudar pra qualquer lugar do mundo com eles e isso deixaria
todos vocês na mão.
‒ Tem razão. ‒ Falou
Sam. Um longo período de silêncio se seguiu. Por fim ele disse: ‒ Então
acho que Quil é o novo alfa!
Todos bateram palmas. Ficamos mais um tempo ali enquanto os anciãos parabenizavam Quil. Ele havia amadurecido bastante desde a transformação e eu tinha certeza que ele seria um bom alfa. Agora eu tinha outras preocupações.
Todos bateram palmas. Ficamos mais um tempo ali enquanto os anciãos parabenizavam Quil. Ele havia amadurecido bastante desde a transformação e eu tinha certeza que ele seria um bom alfa. Agora eu tinha outras preocupações.
‒ Vocês se importam se eu for agora?
Queria passar na casa dos Cullen para ver Nessie. ‒
Perguntei a Seth e Leah.
‒ Pode ir, cara. A gente entende.
Acenei para eles e fui para a casa dos Cullen.
Estava voltando a forma humana quando ouvi vozes vindas da varanda. Terminei de vestir a camiseta e fui até lá. Era Nessie e o híbrido estúpido.
Eu não sei bem o que conversavam e não consegui prestar atenção, pois no momento em que eu fui chamá-la ele a beijou. E ela não fez nada para impedí-lo. As mãos dele estavam em seus braços mas não pareciam fazer força para manter os dela parados.
Acenei para eles e fui para a casa dos Cullen.
Estava voltando a forma humana quando ouvi vozes vindas da varanda. Terminei de vestir a camiseta e fui até lá. Era Nessie e o híbrido estúpido.
Eu não sei bem o que conversavam e não consegui prestar atenção, pois no momento em que eu fui chamá-la ele a beijou. E ela não fez nada para impedí-lo. As mãos dele estavam em seus braços mas não pareciam fazer força para manter os dela parados.
‒ Renesmee ‒ eu
sussurrei.
Ela o afastou bruscamente. E correu até mim.
Ela o afastou bruscamente. E correu até mim.
‒ Jake, eu juro que...
‒ Não precisa tentar se explicar. Eu
vi o que aconteceu Renesmee. ‒ Eu falei ríspidamente.
‒ Jake ele forçou o beijo!
‒ Não foi o que pareceu Nessie!
‒ Você tem que acreditar em mim! Eu
juro por tudo que é mais sagrado que eu não queria!
‒ Não sei porque ainda está
tentando me convencer.
‒ Talvez seja porque eu não quero te
perder ‒ ela falou baixinho, as mãos grudadas em minha camiseta. E
lágrimas, muitas lágrimas.
‒ E você acha que eu quero
te perder?
‒ Então acredite em mim.
‒ Não dá. Desculpa.
‒ Eu te amo, Jake. ‒ Ela
falou mais baixo ainda, soltando a minha camiseta.
‒ Não é o que parece - murmurei para
mim mesmo. Corri e me transformei no ar. Olhei para ela. Ela tentou correr até
mim, mas tropeçou e caiu. Ela ficou me olhando ir. Eu não olhei mais.
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4. Rompimento
RENESMEE
CULLEN
Ele se foi.
Sem nem sequer me ouvir. E eu fiquei ali, caída no chão segurando um pedaço do
que havia sido sua camiseta.
‒ Nessie? O que houve anjo? ‒ Perguntou meu pai, colocando a mão em meu ombro.
Foi só então que eu me lembrei do motivo daquilo tudo.
‒ Onde ele está? ‒ Sussurrei rispidamente.
‒ Quem? Nahuel?
‒ Sim, onde ele está? - falei um pouco mais alto, a raiva borbulhando dentro de mim.
‒ Está lá dentro, por que?
Eu me levantei e fui andando, cada vez mais rápido até a casa, de forma que logo eu estava correndo. Meu pai falava comigo, mas eu não ouvia. Só o que eu conseguia pensar era na raiva que eu estava sentindo. Ele estava no meio da sala em pé falando com a tia quando eu o avistei.
‒ Eu vou acabar com você, seu idiota! - gritei, voando para cima de Nahuel.
‒ Calma aí monstrinha! Ei, ei fique quieta! - Falava tio Emmett enquanto me segurava. Eu me debatia, na tentativa de ficar livre dos seus braços, mas ele era forte, jamais me soltaria até que eu estivesse calma. Mas tudo o que eu não queria era ficar calma.
‒ Você arruinou tudo! Tudo! Eu deveria arrancar sua cabeça por isso! Eu te odeio! Odeio! - Eu gritava desesperadamente, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Lágrimas de tristeza misturadas a lágrimas de ódio.
‒ Jazz, faça alguma coisa! ‒ exclamou tia Alice.
‒ Estou tentando Alice, mas ela está muito agitada!
Aos poucos eu fui sentindo a calmaria me atingir. Eu tentava lutar contra ela, mas era mais forte do que eu.
‒ Pare tio Jazz! Pare com isso! Eu não quero ficar calma! ‒ Meus gritos iam perdendo a intensidade.
Até que uma hora eu senti minha consciência se esvaindo. E eu caí desfalecida entre os braços de tio Emm. A última coisa que eu me lembro de ter ouvido foi tia Alie repreender tio Jazz e ele responder para ela não se preocupar, era apenas sono.
‒ Nessie? O que houve anjo? ‒ Perguntou meu pai, colocando a mão em meu ombro.
Foi só então que eu me lembrei do motivo daquilo tudo.
‒ Onde ele está? ‒ Sussurrei rispidamente.
‒ Quem? Nahuel?
‒ Sim, onde ele está? - falei um pouco mais alto, a raiva borbulhando dentro de mim.
‒ Está lá dentro, por que?
Eu me levantei e fui andando, cada vez mais rápido até a casa, de forma que logo eu estava correndo. Meu pai falava comigo, mas eu não ouvia. Só o que eu conseguia pensar era na raiva que eu estava sentindo. Ele estava no meio da sala em pé falando com a tia quando eu o avistei.
‒ Eu vou acabar com você, seu idiota! - gritei, voando para cima de Nahuel.
‒ Calma aí monstrinha! Ei, ei fique quieta! - Falava tio Emmett enquanto me segurava. Eu me debatia, na tentativa de ficar livre dos seus braços, mas ele era forte, jamais me soltaria até que eu estivesse calma. Mas tudo o que eu não queria era ficar calma.
‒ Você arruinou tudo! Tudo! Eu deveria arrancar sua cabeça por isso! Eu te odeio! Odeio! - Eu gritava desesperadamente, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Lágrimas de tristeza misturadas a lágrimas de ódio.
‒ Jazz, faça alguma coisa! ‒ exclamou tia Alice.
‒ Estou tentando Alice, mas ela está muito agitada!
Aos poucos eu fui sentindo a calmaria me atingir. Eu tentava lutar contra ela, mas era mais forte do que eu.
‒ Pare tio Jazz! Pare com isso! Eu não quero ficar calma! ‒ Meus gritos iam perdendo a intensidade.
Até que uma hora eu senti minha consciência se esvaindo. E eu caí desfalecida entre os braços de tio Emm. A última coisa que eu me lembro de ter ouvido foi tia Alie repreender tio Jazz e ele responder para ela não se preocupar, era apenas sono.
Acordei no
meu quarto, no chalé. Minha mãe estava ao meu lado acariciando meu cabelo.
Olhei para ela. Nenhuma palavra, apenas um sorriso terno. Tentei sorrir, mas ao
invés disso, lágrimas tomaram meu rosto.
‒ Ele não quis me ouvir... ‒ Comecei, soluçando.
‒ Shh! Não diga nada. Eu já sei o que aconteceu. E sei também que ele vai entender. Tem que entender. - Ela não disse o nome dele. Talvez soubesse que eu não queria ouví-lo.
‒ Não quero mais pensar nele. Estou com raiva dele também. Se ao menos tivesse me ouvido. Ele não confiou em mim, mãe!
‒ Calma, Nessie! Vai ficar tudo bem. As coisas vão se ajeitar, você vai ver. - Falou ela acariciando meu rosto.
Suspirei.
‒ Acho que vou tomar um banho. Pode pedir para tia Alie escolher algo para eu vestir, por favor?
‒ É claro querida. Ah! Nahuel foi embora. Ele pediu desculpas.
‒ Tanto faz. Pouco me importam as desculpas dele. ‒ Suspirei. ‒ Com licença, mãe.
Tomei uma ducha quente. Em cima da minha cama havia uma saia florida, uma blusa de tricô nude e um par de óculos Dior que eu ainda não tinha usado. Havia também um bilhete que dizia o seguinte:
‒ Ele não quis me ouvir... ‒ Comecei, soluçando.
‒ Shh! Não diga nada. Eu já sei o que aconteceu. E sei também que ele vai entender. Tem que entender. - Ela não disse o nome dele. Talvez soubesse que eu não queria ouví-lo.
‒ Não quero mais pensar nele. Estou com raiva dele também. Se ao menos tivesse me ouvido. Ele não confiou em mim, mãe!
‒ Calma, Nessie! Vai ficar tudo bem. As coisas vão se ajeitar, você vai ver. - Falou ela acariciando meu rosto.
Suspirei.
‒ Acho que vou tomar um banho. Pode pedir para tia Alie escolher algo para eu vestir, por favor?
‒ É claro querida. Ah! Nahuel foi embora. Ele pediu desculpas.
‒ Tanto faz. Pouco me importam as desculpas dele. ‒ Suspirei. ‒ Com licença, mãe.
Tomei uma ducha quente. Em cima da minha cama havia uma saia florida, uma blusa de tricô nude e um par de óculos Dior que eu ainda não tinha usado. Havia também um bilhete que dizia o seguinte:
Nessie,
Vamos até uma lojinha nova no centro de Forks para comprar acessórios. Esteja pronta às 10.
Vamos até uma lojinha nova no centro de Forks para comprar acessórios. Esteja pronta às 10.
Com
amor,
Tia Alice
Droga!
Faltavam 15 minutos! Corri e vesti tudo bem rápido e dei um jeito no meu
cabelo. Corri até a sala e lá estava tia Alice sentada com as pernas cruzadas.
Olhou no relógio da cozinha e de novo para mim.
‒ Pontual. Vamos que eu tenho muita coisa para comprar!
‒ Está bem.
Tenho que confessar que a lojinha era bem legal, mas minha cabeça estava em outro lugar e mal consegui prestar atenção.
Depois de pelo menos duas horas e meia dentro da loja, com tia Alice falando na minha cabeça, ela me levou até uma lanchonete para que eu almoçasse. Eu sabia que aquela era a lanchonete favorita do vovô Charlie, e esperava encontrá-lo lá. Só não esperava que sua companhia fosse quem eu menos queria ver naquele dia. Jacob Black.
‒ Nessie! Que bom te ver aqui! Seu namorado ia falar de você agora mesmo. ‒ Engoli seco. Namorado.
‒ É... Será que eu poderia falar com ele lá fora? ‒ Perguntei.
‒ É claro. ‒ Vovô e Jacob responderam juntos, o primeiro com ternura e o segundo com rispidez.
Saímos de dentro da lanchonete deixando meu avô e minha tia conversando. Adentrei o bosque ao lado, Jacob bem atrás de mim.
‒ Você ia mesmo falar o que aconteceu ontem para o meu avô, Jacob? ‒ Eu quase gritei.
‒ Não sei porque a fúria Renesmee! Não era eu quem estava aos beijos com aquele híbrido estúpido ontem à noite! ‒ Respondeu ele no mesmo tom.
‒ Você me acusa, mas não deixa eu me defender... Belo namorado que eu fui arranjar. ‒ eu falei, irônica.
‒ Ah! Agora que tocou no assunto, acabou Renesmee! Não tem mais namoro, nem noivado, nem casamento! Acabou! ‒ gritou ele.
‒ Ótimo! Não quero ficar com alguém que não confia em mim!
‒ Com licença. ‒ falou ele com raiva.
‒ Toda.
Ele me deixou sozinha. E a máscara de coragem e confiança caiu. Eu desmoronei no chão chorando. Nós havíamos brigado antes e até ficado sem falar um com o outro, mas agora era diferente. Ele tinha terminado comigo.
‒ Nessie? O que aconteceu? ‒ falou tia Alice que havia me encontrado.
‒ Ele... Ele... Acabou... Tudo... ‒ Eu soluçava.
‒ Ele terminou com você? ‒ perguntou ela.
Assenti.
‒ Oh, Nessie! Eu sinto muito! Vamos para casa querida. Eu vou fazer um penteado em você e nós vamos nos
divertir muito, você vai ver. Esqueça isso, está bem?
Assenti.
Fomos para casa. E eu chorei o caminho inteiro.
‒ Pontual. Vamos que eu tenho muita coisa para comprar!
‒ Está bem.
Tenho que confessar que a lojinha era bem legal, mas minha cabeça estava em outro lugar e mal consegui prestar atenção.
Depois de pelo menos duas horas e meia dentro da loja, com tia Alice falando na minha cabeça, ela me levou até uma lanchonete para que eu almoçasse. Eu sabia que aquela era a lanchonete favorita do vovô Charlie, e esperava encontrá-lo lá. Só não esperava que sua companhia fosse quem eu menos queria ver naquele dia. Jacob Black.
‒ Nessie! Que bom te ver aqui! Seu namorado ia falar de você agora mesmo. ‒ Engoli seco. Namorado.
‒ É... Será que eu poderia falar com ele lá fora? ‒ Perguntei.
‒ É claro. ‒ Vovô e Jacob responderam juntos, o primeiro com ternura e o segundo com rispidez.
Saímos de dentro da lanchonete deixando meu avô e minha tia conversando. Adentrei o bosque ao lado, Jacob bem atrás de mim.
‒ Você ia mesmo falar o que aconteceu ontem para o meu avô, Jacob? ‒ Eu quase gritei.
‒ Não sei porque a fúria Renesmee! Não era eu quem estava aos beijos com aquele híbrido estúpido ontem à noite! ‒ Respondeu ele no mesmo tom.
‒ Você me acusa, mas não deixa eu me defender... Belo namorado que eu fui arranjar. ‒ eu falei, irônica.
‒ Ah! Agora que tocou no assunto, acabou Renesmee! Não tem mais namoro, nem noivado, nem casamento! Acabou! ‒ gritou ele.
‒ Ótimo! Não quero ficar com alguém que não confia em mim!
‒ Com licença. ‒ falou ele com raiva.
‒ Toda.
Ele me deixou sozinha. E a máscara de coragem e confiança caiu. Eu desmoronei no chão chorando. Nós havíamos brigado antes e até ficado sem falar um com o outro, mas agora era diferente. Ele tinha terminado comigo.
‒ Nessie? O que aconteceu? ‒ falou tia Alice que havia me encontrado.
‒ Ele... Ele... Acabou... Tudo... ‒ Eu soluçava.
‒ Ele terminou com você? ‒ perguntou ela.
Assenti.
‒ Oh, Nessie! Eu sinto muito! Vamos para casa querida. Eu vou fazer um penteado em você e nós vamos nos
divertir muito, você vai ver. Esqueça isso, está bem?
Assenti.
Fomos para casa. E eu chorei o caminho inteiro.
5. Nova
Ameaça
Em casa tia Alice, tia Rose e mamãe
ficaram me produzindo a fim de me animar enquanto vovó preparava um bolo para
mim. Elas fizeram de tudo, até deixar os meus cabelos lisos. Mas nada adiantou.
Eu ainda estava triste. E brava, muito brava.
- Esse cachorro pensa que é quem para
fazer uma coisa dessas com a minha sobrinha? - resmungou tia Rose quando
percebeu que eu começara a chorar olhando para o colar de lobo em meu
pescoço.
- Posso ir para casa, mãe? - Perguntei
limpando as lágrimas.
- É claro querida. Eu já vou logo em
seguida, está bem?
Assenti. Desci as escadas correndo e
irrompi a porta. Corri até o chalé o mais rápido que pude e fui para o meu
quarto.
Fui até o closet e procurei pela gaveta
onde o que eu queria estava. Depois de abrir umas três gavetas, finalmente
encontrei a caixinha rústica que eu procurava e os álbuns de fotos bem abaixo
dela.
Respirei fundo e abri. Lá estava ela. A
pulseira que Jacob havia feito para mim quando eu era pequena. Ainda cabia no
meu braço.
Abri os álbuns. Muitas fotos minhas de
quando eu era bebê, fotos de quando eu era criança, minha primeira fase
adolescente... Mas o que mais me chamou atenção foi o fato de que, em todos os
momentos mais importantes da minha vida, Jacob sempre estava lá. Havia uma foto
nossa onde eu tentava pegar os pássaros que pousavam em volta de nós e Jake
tinha um sorriso largo no rosto. Em outra, eu e tia Rose escrevíamos
"Fido" na testa dele enquanto ele dormia. Ele tinha ficado bravo com
tia Rose depois que viu. Numa outra eu já aparentava ter uns dez anos e nós
dois jogávamos frisbee na praia. E a que mais doeu ver foi uma recente onde eu
estava abraçada a ele no dia do meu aniversário, ele de smoking e eu com meu
vestido azul, nós dois sorrindo. Eu estava com raiva dele, é verdade, mas eu não
podia negar para mim mesma que eu o amava. E que sempre o amaria, mesmo
que ele já não estivesse mais comigo.
Peguei a foto e a levei comigo. Deitei-me
no divã e apertei a foto contra o peito. E ali eu fiquei pelo resto do dia. Sem
lágrimas, apenas boas lembranças.
No dia seguinte, no fim da tarde, eu
resolvi ir até a campina para refletir. Estava tudo bem calmo, até que eu ouvi
alguém se aproximar.
- Jacob? - Ah! Como eu queria que fosse
ele.
- Sinto muito, mas não sou o seu precioso
cachorrinho. - Falou a voz melodiosa.
- Quem é você?
- Oh! Que falta de educação a minha! Meu
nome é Lorella. E você deve ser Renesmee, certo?
- Sim - engoli seco. - O que você quer
aqui, Lorella?
- Nada de mais... Eu vim apenas realizar
minha primeira tarefa.
- Tarefa?
- Sim, sim. - Ela suspirou. - Vamos deixar
de papo garota. Você sabe quem são os Volturi certo?
Assenti.
- Bom, eu sou a mais nova aquisição da
guarda e eles me mandaram aqui para acabar com o filhote de vampiro e o
cachorro. Você e o seu namoradinho. - Eles sabiam que Jacob e eu estávamos
juntos. O pânico me inundou.
- Ele não é meu namorado. Ele é apenas um
conhecido nosso. Não precisa se importar com ele. É a mim que você quer, não é?
Então acabe logo com isso.
Ela gargalhou.
- Oh, Renesmee, você é tão engraçada! Nós
duas sabemos que você é o lobo vão se casar. E você sabe também que Aro gosta
de tudo bem feito.
- Você nunca vai chegar até ele!
- Ah é? - Então o poder dela me
atingiu.
- O que ...você... está... fazendo? - Falei
aos arquejos. Eu não conseguia respirar e me sentia cada vez mais fraca.
O meu peito doía.
- Apenas usando meu poder. É bem legal,
não é? Agora você vai fazer o que eu mandar ou todo mundo da sua amada família
vai pagar muito caro, entendeu? - perguntou ela, tirando seu poder de ação.
Assenti.
- Levanta! - Ela puxou meu braço com
violência. - Amanhã você vai chamar o lobo até aqui e é melhor me obedecer,
entendeu? - Falou ela rudemente, apertando meu queixo entre os dedos. Eu não
consegui esconder as lágrimas
-Isso, chora! Vá logo e não esqueça.
Amanhã no mesmo horário. - Dito isso, ela sumiu entre as árvores.
Eu corri de volta pra casa. Eu estava
desesperada. Ela ia matar a mim e ao Jacob amanhã. E eu não poderia fazer nada.
Ou eu morria ou a minha família. E eu não podia permitir isso. Mas também tinha
Jacob. Eu não podia deixar que ela o machucasse.
Liguei para a casa dele. Billy atendeu e
eu pedi que ele desse um recado a Jacob para que ele me encontrasse na campina,
pois eu ia devolver a ele o anel de noivado.
Na manhã seguinte eu vesti um vestido
vermelho, coloquei o anel no dedo e fui até a campina esperar por Jacob,
rezando para ele não aparecer.
Mas ele apareceu.
- Renesmee? - falou a voz rouca.
Respirei fundo.
- Você não deveria ter vindo - falei me
virando com lágrimas nos olhos. E antes que ele perguntasse alguma coisa
Lorella atacou.
- Bem vindo ao seu fim, lobo! Mas para
começar vamos ver sua namoradinha morrer lentamente e depois nós conversamos
docinho. - Ela me lançou seu poder com força máxima. Eu gritei o mais forte
possível.
- Deixe-a em paz! - gritou Jacob
empurrando Lorella. - Renesmee, use o seu poder! Chame os outros! - Gritou ele
para mim e se transformou, atacando Lorella.
Como eu ia fazer isso? Meu poder dependia
do toque! "Eu tenho que tentar". Pensei com toda a força no pedido de
socorro. Mas só quando Lorella me atingiu com o poder novamente eu senti aquilo
se desprender da minha mente junto com o grito vindo da garganta. E depois um
alívio na mente e muita dor no peito.
- Renesmee! - gritou Jacob.
Depois disso eu ouvi outros sons e vozes.
Vozes que eu conhecia perfeitamente. Eu tinha conseguido finalmente. A dor foi
ficando mais intensa. Eu ouvi meu pai falando para Jacob me levar de lá e
apaguei logo em seguida.
6. Entendimentos
Acordei com Jacob me sacudindo. Eu estava
no sofá da casa dele e ele parecia preocupado.
- Que bom que acordou! Eu pensei que... Pensei que ela tinha
conseguido...
- Fique. Longe. De. Mim. - eu falei com raiva.
- Eu pensei que com tudo aquilo...
- Pensou errado. Você me magoou muito Jacob Black! Por isso é
melhor você não encostar um dedo... - Ele pousou a mão em minha cintura, foi se
aproximando e eu parei de falar
- O que você estava dizendo? - Perguntou ele, fingindo
inocência.
Eu desviei dele e me levantei. Quase caí, mas eu consegui me
manter firme.
- Que eu não quero que você se aproxime de mim! Eu só estou aqui
porque meu pai mandou você me trazer para cá! Eu não quero que você dirija a
palavra até mim, entendeu Black?! - Ralhei com ele.
Ele se limitou a rir.
- Por que está rindo? Não vi nenhuma graça aqui! - falei ainda
mais irritada.
Ele se aproximou de mim e colocou as mãos em minha cintura
novamente.
- Porque você fica linda quando fica brava - sussurrou ele no meu
ouvido.
Eu quase me deixei levar, mas o afastei de novo.
- Ah! Agora você acha tudo lindo, fica aí com esse sorrisinho
idiota no rosto, me abraçando! Mas quando eu tentei me explicar você nem me
ouviu!
- Não importa o que aconteceu.
- Importa sim! Aquele idiota do Nahuel me beijou a força e depois
que você foi embora eu quase...! Quase arranquei cabeça dele! Se não fosse tio
Emm e tio Jazz eu com certeza acabaria com ele! - Falei a última parte quase
para mim mesma.
- Eu não sabia...
- É claro que não sabia! Você não me ouviu! - Gritei com ele, as
lágrimas de raiva escorrendo pelo rosto. - Droga! Lágrimas idiotas!
- Ei, ei! Shh! - Falou ele enxugando as minhas lágrimas. E quando
eu percebi, nossos rostos estavam próximos, seus lábios quase tocavam os
meus.
- Não faça isso - murmurei. Eu queria que parecesse firme, mas não
surtiu efeito.
- Eu vou fazer - falou ele. E então ele me beijou. Um beijo
intenso e delicado. Seus braços me apertaram contra ele. Seus lábios não se
contentaram com os meus e foram até meu pescoço, sua respiração aspirando meu
perfume. E depois voltaram até os meus lábios.
- Eu amo você - sussurrou ele em meus lábios. .
Separei os nossos rostos aos arquejos.
- Vamos parar por aqui. - falei decididamente. - Eu estou cansada.
Posso tirar um cochilo antes do meu pai voltar?
- É claro. Vem, eu vou arrumar as coisas para você se deitar -
falou ele me levando pela mão até o quarto dele.
- Está nevando? - falei olhando para fora.
- É, parece que sim. - Falou ele dando uma olhada rápida pela
janela, enquanto arrumava o lençol na cama.
- É por isso que está tão frio agora. Mais cedo não estava tão
frio...
- Quando se tem a sua temperatura é difícil sentir frio mesmo. Eu
sei. - Falou ele rindo.
Deitei-me na cama e me cobri. O travesseiro tinha o cheiro de
canela e almíscar de Jake. Ele ia saindo do quarto quando o chamei.
- Jake? Aonde você vai? - Perguntei com uma doçura
exagerada.
- Eu vou pra sala. Eu vou ficar lá...
- Fica comigo? - Perguntei.
Ele abriu aquele sorriso enorme e perfeito.
- É claro que eu fico com você, anjo. - Falou ele deitando ao meu
lado.
Pousei minha mão direita no seu rosto e ele fechou os olhos,
sorrindo. Logo em seguida o sorriso sumiu e ele pegou minha mão.
- A aliança... - falou ele olhando fixamente para a aliança em meu
dedo.
- Nós vamos nos casar, não vamos? Então, nada mais justo que eu
possa usar minha aliança de noivado. - falei sorrindo. É claro que o real
motivo de eu estar com a aliança era porque eu a havia usado como desculpa para
atraí-lo até Lorella, mas não era necessário dizer isso.
- Você não está mais com raiva pelo que eu disse?
- Jacob Black, olhe só pra você. Está deitado comigo e eu deixei
que me beijasse. Você realmente acha que eu ainda estou com raiva de você? Eu
nem me lembro mais do que você disse, seu bobo. - Falei sorrindo.
Ele se aproximou mais de mim e me beijou. Nós dois enroscados na
pequena cama de Jacob.
- Você vai ficar linda de branco - falou ele em meu ouvido.
- Na verdade o vestido é marfim - respondi rindo.
- Tanto faz. Desde que você esteja lá para dizer sim, para mim,
tanto faz a cor do vestido.
Sorri. Aconcheguei-me em seu peito e adormeci.
Acordei com Jake me dando beijinhos na
nuca.
- Hora de acordar, amor - falou Jake em
meu ouvido.
Espreguicei-me e me virei para olhá-lo.
- Bom dia! - falei com a voz rouca de
sono.
- Pelo visto eles deixaram você ficar um
pouco mais comigo - falou ele.
- Acho que sim. - Falei esfregando
os olhos. Depois eu comecei a rir.
- Qual é a piada Ness?
- Meu pai vai me encher de perguntas
estranhas, como naquela vez no Havaí, quando ele perguntou se nós havíamos
"passado dos limites" - falei fazendo aspas no ar.
- Pode apostar que sim.
E o silêncio constrangedor se espalhou
pelo cômodo.
- Então... Acho melhor eu lavar o rosto e
ir para casa.
- Acho melhor você trocar de roupa
também.
- Por quê? - Perguntei. - Meu vestido nem
está tão amassado.
- Porque se você não trocar, não vai ser
só o seu pai que vai ter pensamentos errados sobre você ter passado a noite
aqui. Meus vizinhos também vão.
Senti meu rosto ficar quente. Eu com
certeza estava muito corada.
- Tem um vestido da Ray que vai servir em
você. Você pode colocar um casaco meu porque está frio lá fora. Espera só um
pouco aqui.
Ele voltou com um vestido amarelo
estampado com florzinhas e um casaco na mão.
- Eu devolvo depois. - Falei pegando o
vestido na mão.
- Nem se preocupe. Esse vestido não cabe
nela desde quando ela tinha quinze anos. Ela nem vai ligar se você usar. O
casaco eu busco depois.
- Ok.
Ele me deixou no quarto. Vesti o vestido e
calcei minhas botas de novo. Coloquei o casaco. O vestido ficou perfeito em
mim. O casaco ficou enorme, mas era quentinho. Peguei o outro vestido e fui até
a sala.
- Tenho que confessar que esse vestido
fica muito melhor em você do que em Rachel. Só não conte isso a ela - Falou ele
me beijando. - Eu te levo de carro até lá.
- Obrigada.
Ele colocou meu CD favorito e nós fomos
para a casa principal. Chegando lá, tirei o casaco na entrada e corri até a
sala de estar, encontrando toda minha família rindo, em perfeitas condições.
Jake chegou logo em seguida e passou o braço pela minha cintura.
- Olha só quem resolveu dar as caras! Os
pombinhos curtiram a lua-de-mel? - Tio Emm foi o primeiro a falar.
- Emmett! - Todo mundo na sala o
repreendeu.
- Haha, muito engraçado tio Emm! - Falei
ironizando-o. - Não tenho culpa se esqueceram de mim na casinha do cachorro -
falei rindo. Tio Emm sussurrou um "Boa!" e estendeu o punho para eu
bater. Eu bati e Jake riu.
- Ei! Não reclame! Você podia ter vindo
sozinha! - Falou ele rindo.
- Isso é verdade, Nessie - falou tia Alice
rindo.
O único que estava sério era meu pai, que
estava sentado ao lado de minha mãe.
"Não aconteceu nada, pai. Eu juro.
Nós só dormimos. Nada demais." Pensei.
Ele deu um sorrisinho.
- Estamos muito orgulhosos de você Nessie!
- falou ele para mim.
- Orgulhosos? De mim?
- Você conseguiu. Expandiu seu poder ontem
e conseguiu nos chamar. Se não fosse por você, agora vocês dois estariam mortos
e com certeza alguns de nós também.
- Obrigada.- Falei dando um meio sorriso.
Era bom saber que todos estavam bem e que tudo havia voltado ao normal. - Vocês
são muito importantes para mim. Eu faria qualquer coisa por vocês. - Falei. E
todos me abraçaram, fazendo com que eu me sentisse mais feliz do que antes.
Muito mais feliz.
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