9. Problemas
Passamos a tarde com Billy, que ficou muito feliz em saber
que estávamos juntos. Mas a noite começava a cair e estava chegando a hora de
encarar meus pais.
– Pronta pra encarar o senhor e a senhora Cullen? –
perguntou Jake.
– Acho melhor não dizer nada hoje. Talvez amanhã com calma e
com você por perto eu possa contar a eles sobre o nosso namoro – eu disse
pensativa – por enquanto poderia controlar seus pensamentos? – perguntei
abraçando-o.
– Tudo bem, se você prefere assim – disse ele me beijando. E
novamente eu perdi o fôlego.
Fomos para minha casa. Ele estacionou próximo ao chalé. Saiu
do carro e abriu a porta para mim.
– Eu te amo – disse ele me tomando em um abraço apertado.
– Eu sei – disse brincalhona.
Ele riu e depois disse – tenho que ir – e se aproximando do
meu ouvido sussurrou – espero que sonhe comigo, porque vou sonhar com você.
– Não se preocupe, meus sonhos já são seus – eu disse – mas
é melhor você ir logo ou isso vai acabar ficando piegas demais – ri disso. Ele
riu também e se foi.
Entrei em casa suspirando quando dei de cara com a minha
mãe.
– Renesmee, onde você estava esse tempo todo? Seu pai e eu
ficamos preocupados – disse ela me encarando.
– Estava na campina – menti.
– Sozinha? – perguntou ela incrédula.
– É, estava pensando nas coisas que me disse – talvez isso
não fosse uma mentira.
– Tudo bem, mostre-me então – ordenou ela presunçosa. Odiava
quando ela fazia isso. Pensei no outro dia em que estive lá e mostrei a ela.
Acho que a convenci.
– Posso ir para o meu quarto agora? – perguntei fazendo cara
de tédio.
– Pode sim – respondeu ela com um sorriso.
Coloquei meu pijama de seda rosa e me deitei na cama. A
cabeça ainda girava com os acontecimentos de hoje. Eu fechei os olhos e as
lembranças inundaram minha cabeça. Cada palavra, cada abraço, cada beijo... Tudo
de uma vez só. Até que fui interrompida dos meus devaneios por uma batida
violenta em minha porta.
– RENESMEE CARLIE CULLEN ABRA A PORTA! AGORA! – meu pai gritava. Sua voz era quase um rugido. Droga,
droga, droga! Ele havia ouvido meus pensamentos. Agora eu podia me considerar
uma meia-vampira morta.
Eu não fazia ideia do que fazer. Minha mãe tentava
argumentar com meu pai, mas ele apenas a mandava se afastar. Coloquei meu
hobby.
Pensei em uma imagem minha abrindo a porta e enquanto isso, abri
a janela e pulei por ela correndo pela floresta sem rumo, havia aprendido a
despistar meu pai com meus pensamentos. Não sei quando foi que atravessei a
fronteira, mas sei que Seth me encontrou.
– Nessie, o que esta fazendo aqui? E ainda por cima de
pijama? – perguntou ele.
– Pra que lado fica a casa de Jacob? – perguntei nervosa.
– Pra lá – disse ele apontando pra direita – vem eu te levo
até lá – Seth estava de carro, provavelmente o carro de Sue.
– Tudo bem – disse entrando no carro.
Seth me deixou na frente da casa de Jake e seguiu para a
casa dele. Bati três vezes na porta de Jacob e ele apareceu.
– Meu pai, ele, ele descobriu tudo e agora ele vai me matar.
A mim e a você, vai nos matar. Eu não sei o que fazer! – eu estava desesperada.
– Calma, calma! Entra ‒ disse ele passando o braço em minha
volta.
Nos sentamos no sofá e ele me apertou contra o peito – o que
aconteceu? – perguntou ele.
– Eu entrei em casa, me deitei e sem querer eu me lembrei de
tudo que aconteceu hoje, eu sabia que ia acontecer, mas eu achava que ele não
estava em casa, mas ele estava e ele viu isso em minha mente, mas antes que ele
conseguisse entrar em meu quarto eu fugi - expliquei a ele.
– Ah, Nessie, meu amor, eu sinto muito! Isso é tudo culpa
minha – ele disse amargurado ‒ eu forcei você a dizer aquilo tudo, e talvez não
fosse a hora...
– Você não tem culpa de nada e eu também não – disse
repreendendo-o – meu pai não sabe entender as coisas, só isso – ele apenas
assentiu.
– Eu te amo Jake e o meu pai não tem nada a ver com isso –
eu disse me inclinando para beijá-lo, mas ele desviou o rosto – Ah, qual é
Jake? Hoje mais cedo estava tudo certo e agora por causa do meu... Argh! – eu
disse indo em direção à porta.
– Espera – disse ele entrando na minha frente – desculpa –
disse ele me beijando. Nosso beijo foi longo, um daqueles que tira o fôlego até
de quem está apenas observando.
– Você vai ficar aqui em casa esta noite – disse ele – assim
pela manhã eu e você decidimos o que fazer, tudo bem?
Assenti. Ele me pegou no colo e eu ri – hora de por a
menininha para dormir – disse ele rindo.
Ele me colocou na cama, me deu um beijo e foi para a sala
onde dormiria esta noite. Eu não estava com sono então fiquei olhando para o
quarto, o que fez com que, depois de algumas horas, eu conhecesse cada canto
dele. Demorou mais um pouco até que eu consegui dormir.
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